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2/22/2015

lokura, filha da putice, redatores novos na area...

 Enquanto desocupava a ultima caixa da mudança eu encontrei o carregador de um psp, e logo em seguida recordei um fato ocorrido comigo a poucos dias, roubaram meu psp... Eu tentei pensar em outra forma de começar esse post que não fosse eu me fazendo de vitima, porem nada me veio a cabeça, fato é que provavelmente nunca mais verei meu amigo novamente, nada do que eu disser/digitar pode mudar isso. Após algum tempo me questionando sobre o ocorrido, enquanto tomava uma xícara de café, eu pensei em como QUALQUER um pode ser um Genuíno filho da puta, se estiver afim mesmo ele fara entende? Nacionalidade? Etnia? De onde vem ou vai? Tamanho do Pinto? Trabalha/mora com você? Nada disso importa para um ser humano determinado em ser filho da puta, desde os atos mais simples aos mais complexos, o sentimento é o mesmo, você sabe disso, o ato em si é o mesmo, independente se foi um banco, um psp ou um tic tac, uma metida de loko, só basta um pouco de filha da putisse e uma oportunidade. obviamente hoje o post é sobre um Marcel cheio desse sentimento "fdp" uma oportunidade e ainda questionador...





 O sol batia no chão e voltava gritando "FAVELA" como o esperado para aquele dia da semana que eu não lembro qual era, crianças batiam bola na rua, barulhentas e felizes como a maioria das crianças que tem direito a liberdade, pássaros e carros faziam mais barulho apenas completando essa orquestra pouco ensaiada, claro que alguém não estava gostando muito do barulho, na verdade nem um pouco, mesmo sendo de graça, inacreditável, e esse alguém em especifico era eu, tentando ler um mangá recentemente adquirido, porém o barulho estava moderado, controlado eu diria, eu estava conseguindo ler, na medida do possível, mas se fosse tudo simples assim o post não teria sustância não é mesmo? Então vamos para a parte boa, se é que existe uma, desse post.
 
 Um barulho de bola colidindo com algo veio estridente até mim, em seguida um desespero verdadeiro  podia ser ouvido, frases soltas Sobre fuga atingiam meus tímpanos, quando voltei a mim já estava lá fora, descalço, só para confirmar o que eu já imaginava, meu lixo jazia no chão, todo aberto, cagado, zuado, parecia o vomito de um ogro que comeu o próprio coco só pra ver no que dava, no mesmo instante algo acordou dentro de mim, uma mistura de alborquete e Batman genuinamente psicótico, eu não ia limpar aquilo, mas nem fodendo, então a caçada Tinha inicio.

 Não foi difícil encontrar crianças na rua, vi duas sentadas tranquilamente a algumas casas da minha, assim que a proximidade permitia eu comecei:
- Olá criançada, cade o dono da bola? - Não sei como estava meu rosto ao dizer isso, mas as crianças estavam de olhos esbugalhados tentando digerir minha cara de loco.
- não sei irmão - respondeu o maiorzinho e magrelo.
- do que você me chamou? -  as crianças Tremeram juntas assim que eu cheguei mais perto, perto suficiente para tocar no ombro de ambos- irmão, foi isso?
- Foi ué.
- Olha só , não sou seu irmão porra nenhuma não, na real não sou nada seu, e quero continuar assim, só responda minhas perguntas pode ser?
- Você pensa que é quem pra falar assim "cunois"? - urrou o mais baixinho com a pouca coragem que ele conseguiu juntar.
- Sou o vizinho de vocês apenas, agora entenda o seguinte, eu jogava bola nessa rua em tempos antigos meu jovem, sabe fulanildo que ta preso? - olhar nos olhos da vitima Foi realmente uma escolha sabia, dava pra ver ele digerindo a frase aos poucos- ele jogava bola comigo antes de você existir, então vamos ser legais uns com os outros e me respondam, cade o dono da bola?- eu sei que o "fulanildo" nem deve saber meu nome mas eu jogava bola mesmo, café com leite e tudo.
 Mais depressa do que imaginei la estavam os dois apontando para a direção oposta que eu estava olhando, me virei e vi um garoto aparentando ter seus 10 anos, andando cheio de marra, aquela marra de garotos jovens demais, fui ate ele iniciei algo que eu não conseguia me imaginar fazendo 5 minutos atrás.
- Boa tarde meu jovem tudo bem com você no dia de hoje?- disse mergulhado em um ódio que corroía minhas entranhas.
- Na boa tio...- respondeu o meliante, olhando para o chão em busca de abrigo.
  Eu não consigo ler mentes(ainda), mas rostos são ate fáceis de ler, e o dele dizia algo como :"ta tudo bem agora, esse otário não sabe que fui eu", mal sabia ele que isso era só o inicio.
- Nossa que bom que você esta bem, assim as coisas ficam mais simples não?- questionei como um lorde inglês.
- AN?- a criança aparentemente perdida continuou depois de uma longa pausa- tio do que você ta falando?
- Ué imagina você tem algum tipo de doença ou anomalia genética.
- Tio serio não to entendendo nada, do que você ta falando?
- Olha não quero falar com você - antes de terminar a frase o garoto já retomava a caminhada, me senti na obrigação impedir o mesmo de continuar caminhando, fui para o lado como um ninja do morro da rocinha, parei na frente dele e continuei - serio eu quero resolver isso de uma forma pacifica, pode não parecer, mas eu quero, seus amigos já te delataram, já era meu chapa-  eu não tinha mascara, nem capa, muito menos a grana dos Wayne, mas o sentimento de batman, isso eu tinha.
- Eles o que?- disse enquanto quase saltava para traz com medo do ninja da rocinha que se sentia um wayne renegado
- Te caguetaram cara, agora eu só quero acabar com isso e voltar para minha humilde residência , e você foi o escolhido para me ajudar nessa - o sorriso em meu rosto provavelmente não era dos mais normais, só de ver a cara da criança dava pra saber.
- Mas você não tem provas contra mim, não preciso limpar nada, e você sabe disso - a criança encheu o peito para soltar essa, que no auge da sua inocência juvenil parecia a cartada máxima.
  Rir foi a única saída que minha cabeça encontrou, para apaziguar meu espírito, minha vontade era de pegar aquele garoto pela orelha e passar a cara dele no lixo, como faca na manteiga, porem o que eu realmente fiz difere bastante da primeira opção, após retomar o folego disparei para um caminho sem volta, o caminho da barraqueira interior.
- E seu pai tem alguma prova? - novamente la estava eu olhando no fundo da alma de uma criança perdida em um barraco inesperado.
- Prova de que tio? Não to entendo - ele aparentava não estar entendo mesmo.
- De que você não estava pedindo para chupar o pinto do (insira um nome COMPLETAMENTE aleatório aqui) la no terreno abandonado- as vezes eu desacredito nas coisas que eu falo/digito.
- O QUE?- Os olhos quase saltando das orbitas, tremendo, mergulhado em desespero a criança continuou- eu nunca fiz isso, e nunca farei se ta falando que eu sou VEADÃO?
- Não, meu querido, não é isso...
- Então o que é? -obviamente o guri já não raciocinava direito devido ao excesso de informação, decidi ajudar ele só dessa vez.
- É simples, sem provas, será a minha palavra contra a sua, qual você acha que conta mais? - nem pisquei enquanto soltava a ameaça mais sem noção que eu provavelmente já ouvi.
  É óbvio que o pai dessa lesada criança, nunca daria ouvidos a uma história como a minha, mas ele acreditou, então eu estava ""vencendo"" de alguma forma, logo em seguida , em busca de redenção o garoto disse:
- você não faria isso? Né?
  Deixei o silencio falar por um tempo, qualquer um poderia ver o medo em cada pedacinho daquele jovem, quando achei valido intervir apenas comentei, como uma mãe comenta com o filho sobre a louça que não vai se lavar sozinha :
- Você sabe que esse lixo não vai voltar pro saco sozinho né?
- Sei... Mas ninguém vai me ajudar? - questionou a pobre criatura.
- Você vê mais alguém aqui? - disse enquanto abria os braços como o cristo.
- Não.
- Bom eu não pretendo ajudar, então quem sobrou?
- Eu... - se eu tivesse qualquer tipo de consideração com o sentimento alheio eu tinha parado ali mesmo, obvio que não parei.
- Adoro gente inteligente, serio mesmo, ainda bem que não vou ter que ir ate seu pai para dar más noticias, não é mesmo, imagina que chato que seria isso- conclui enquanto o garoto se aproximava do lixo.
  Alguns Segundos se passaram  e la estava o garoto, que mais reclamava do que limpava, pegando meu lixo do chão e colocando de volta no saco, com uma velocidade questionável eu diria, se ele trabalhe-se para mim, eu manda pro rh, tudo isso enquanto eu me questionava com meu eu interior sobre o quanto de filha da putice era necessário para fazer aquilo, que eu estava fazendo, eu podia ser uma pessoas menor pior, eu podia, até meus pensamentos serem interrompidos por uma criança que estava reclamando de seu "trabalho" e nem era chinesa.
- Tenho que pegar tudo tio? - disse olhando para cima em busca de misericórdia
- Só acaba, quando termina cara, não aguento mais ficar olhando você fazer isso.
  O silencio se fez presente ate o ultimo instante da limpeza, então como quem pede por ajuda divina o guri fez suas ultimas perguntas:
- Tio me arruma um pouco de água?
- Claro meu querido, com ou sem gelo? - respondi de prontidão, permanecendo imóvel.
- Você não vai buscar água né?
- Por isso eu gostei de você guri, vlw flw hein, fui...
 Em seguida , novamente no meu sofá lendo meu mangá, pensando em como seria a versão da historia que seria contada aos amigos do guri, meu irmão aparece e pergunta:
- cara o que rolou la Fora? parecia uma barraco.
-nada de mais cara, nada demais...
 Post chegando ao fim, espero que você tenha tirado algo, qualquer coisa mesmo, de produtivo desse amontoado de frases, espero também que você volte mais vezes, e também espero que você vá a merda, bj na nadega esquerda e até uma próxima.


ass:  M.O.P.


ps: QUASE ESQUECI, Sobre redatores novos, mais gente está pintando na área, e isso é somente o kauabanga voltando as suas origens, uma coisa de loco escrito por gente loca, mas vamos aguardar pra ver se a pessoa vai querer mesmo adentrar esse mundinho tosco do blog ou se era TUDO ZOERA por parte dela.

ps2: MEU PSP :((((((((((((((((
ps3:  hey você que se apoderou do meu amiguinho, espero que todos os seus dedos caiam durante a noite.

Um comentário:

  1. fico imaginando como o muleque tava fazendo um serviço lerdo... pq pra VC estar achando que ele tava lerdo e se fosse seu funcionário mandaria pro RH...

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